segunda-feira, 18 de abril de 2016

Maduro sai em defesa de Dilma após pedir às venezuelanas se pentearem com os dedos

Maduro reage contra impeachment e defende Dilma e 'soberania' ameaçada pelo 'império'
Maduro reage contra impeachment e defende Dilma e 'soberania' ameaçada pelo 'império'
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, se apressou a manifestar solidariedade à sua colega Dilma Rousseff, que desde domingo 17 de abril está em processo de impeachment aberto pela Câmara dos Deputados com maioria de dois terços como prescreve a Constituição.

Segundo “La Nación” de Buenos Aires, enquanto o povo brasileiro comemorava o “impeachment” nas ruas, Maduro garantia que a “direita” na América latina está tentando desconhecer a soberania da região.

O tweet circulou logo após os deputados brasileiros votarem livre e soberanamente o processo de destituição da companheira ideológica do regime chavista.



“A direita do continente desconhece a Soberania Popular, será que pretendem nos fazer desaparecer? Alerta, alerta que Camina...”, disse o líder bolivariano em um espanhol de difícil compreensão num tweet acompanhado de imagens em apoio à presidente Dilma Rousseff.

Com a verborragia e a incongruência lógica habitual nos líderes bolivarianos, Maduro defendeu que o fato de “pretender derrocar a primeira mulher presidente do Brasil fala muito da obsessão imperial que está se instalando no continente”.

As palavras de Maduro não serviram para enganar a população venezuelana que padece uma das piores crises da história, exceção feita dos países socialistas.

'No hay luz' - 'Não há força': um dos resultados da 'soberania' bolivariana que Maduro gostaria ver implantada no Brasil com Dilma e o PT
'No hay luz' - 'Não há força': um dos resultados da 'soberania' bolivariana
que Maduro gostaria ver implantada no Brasil com Dilma e o PT
Madurou acabava de decretar que as sextas feiras dos meses de abril e maio serão feriados porque não há energia elétrica.

Ele apontou como culpado o fenômeno climatológico de El Niño a quem atribuiu secas que estariam devastando América Latina, além de mudanças climáticas que não conseguiu explicar.

A barragem de Guri, a maior da Venezuela, “está – disse Maduro – no ponto de entrar no ponto (sic!) de não retorno”. Ele também tripudiou contra os secadores de cabelo femininos, o ar condicionado, os secadores de roupa, noticiou a imprensa internacional.

O pior ficou reservado contra as empresas particulares que ainda sobrevivem na área do comercio e da indústria. Elas terão que “autogerar” a energia que consumem entre quatro e nove horas por dia. O Exército e inspetores bolivarianos serão enviados a pegar os infratores.

As empresas que dependem mais da energia deverão usar suas fábricas para frenar o consumo elétrico, leia-se parar de funcionar reduzindo seu consumo em 20%.

Maduro prometeu distribuir milhões de lâmpadas incandescentes de um tipo que consume menos e que é produzida numa fábrica que ele acaba de inaugurar. As demagógicas promessas do socialismo em geral não passam de fanfarronadas da hora.

O discurso foi recebido como um disparate. A causa da crise está em medidas ineficientes e irresponsáveis do socialismo bolivariano afirmam em coro a maioria dos especialistas econômicos.

No primeiro trimestre do ano os preços subiram 57%, mais ainda do que no Sudão na África, o outro infeliz recordista planetário na miserabilização.

Maduro pede que as mulheres se penteiem com os dedos,
no programa 'Con el Mazo Dando'.
O defensor da primeira presidente mulher do Brasil, se assanhou especialmente contra os secadores de cabelo. “Eu sei que é de uso geral das mulheres, mas é um alto consumidor de energia, na mesma proporção do ferro de passar”.

Maduro nas pegadas de Chávez e do próprio Fidel Castro já fez históricas campanhas por certo tipo de panelas e pelos eletrodomésticos chineses.

“Eu sempre acredito disse que uma mulher se vê mais bela quando se penteia com os dedos e quando põe a secar seus cabelos de maneira natural. É uma ideia que eu apresento às mulheres”, disse ele falou no programa “Con el Mazo Dando” (“Descendo o pau”) transmitido pela TV estatal VTV e animado por Diosdado Cabello, n.º 2 do regime.

Fica por se saber se já propôs essa ideia a Dilma Rousseff. Ou até a Cristina Kirchner que anda se exibindo em processos por improbidade administrativa que lesaram o Estado argentino em milhões de dólares. Enquanto aguarda processos penais que podem incluir um famoso assassinato...


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